jueves, 8 de diciembre de 2011

Una mujer transexual expulsada de una tienda de ropa femenina


Un mujer sufrió un pequeño altercado cuando se dispuso a entrar en una tienda de ropa femenina, según "el diariodigital transexual", puesto que cuando se decidió a entrar al probador a probarse la ropa, la dependienta sin miramientos la expulsó de la tienda, el motivo que expuso fue que era un hombre que se estaba probando ropa de mujer.

Una organización de derechos civiles tomó su caso y finalmente consiguió que la cadena de ropa tomara medidas positivas con la mujer discriminada.

Las medidas adoptadas por la tienda de ropa fueron que tenía el derecho a entrar y ser tratada como cualquier otra clienta.

La cadena de ropa se puso en contacto con los derechos civiles, exponiendo que estaban tomando cartas en el asunto como identificando las formas especificas de discriminación que pudiesen darse y una serie de instrucciones a sus empleadas para llevarlo a cabo de la mejor manera posible.


Argentina: Chuck D: el poder del hip hop

Brasil: Fazendeiros acusados de trabalho escravo são do Sudeste, com boa formação e ligados a partidos políticos


BRASÍLIA -A pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que pela primeira vez traçou o perfil das vítimas de trabalho escravo no Brasil, mostra quem são os fazendeiros acusados de explorar os trabalhadores nessas condições. Com base na Lista Suja do Ministério do Trabalho, entrevistas com 12 dos 66 contactados pelo organismo permitiram concluir que a maioria deles nasceu no Sudeste, mas mora nas regiões próximas às lavouras (Norte, Nordeste e Centro-Oeste). Eles têm curso superior e declararam como profissões pecuarista, agricultor, veterinário, comerciante, gerente, consultor e parlamentar. São filiados ao PMDB, PSDB e PR.

Os aliciadores (gatos) têm baixa escolaridade, idade média de 45,8 anos, são na maior parte nordestinos e vivem nas regiões Norte e Centro-Oeste.

A pesquisa, chamada "Perfil dos principais atores envolvidos no trabalho escravo rural no Brasil", mostra ainda que Maranhão, Paraíba e Piauí são exportadores desse tipo de mão-de-obra. Segundo o levantamento, realizado a partir de depoimentos de 121 pessoas libertadas pela fiscalização do governo, entre 2006 e 2007, esses três estados foram as principais origens dos trabalhadores resgatados em Goiás (88%) e Pará (47%). No Mato Grosso e na Bahia, 95% deles eram procedentes da região.

Segundo a OIT, a agropecuária continua sendo o setor de maior concentração de trabalho escravo, sobretudo nas fazendas de cana-de-açúcar e produção de álcool, como é o caso do Pará; plantações de arroz (Mato Grosso); culturas de café, algodão e soja (Bahia); lavoura de tomate e cana (Tocantins e Maranhão).

LEIA MAIS: Teceirizada da Petrobras é condenada por aliciar trabalhadores e mantê-los em condições degradantes

O coordenador do projeto de combate ao trabalho escravo da OIT no Brasil, Luiz Antonio Machado, disse que a pesquisa mostrou que a dinâmica do trabalho escravo no país tem se mantido, tanto nos estados com maior ocorrência, quanto nas atividades econômicas. Ele destacou, porém, que o governo aumentou também a fiscalização nas regiões Sul e Sudeste.

O levantamento também mostrou que as desigualdades de renda e raça se reproduzem entre as vítimas do trabalho escravo: 81% são negros, oriundos das regiões Norte e Nordeste, com renda média de 1,3 salário mínimo. Do universo entrevistado, 18,3% são analfabetos e 45% têm menos de cinco anos de estudo, sendo considerados analfabetos funcionais.

Entre as recomendações para tornar as políticas de combate ao trabalho escravo mais efetivas, a OIT sugere programas de qualificação profissional e elevação da escolaridade dos trabalhadores nas áreas de maior concentração, associados ao benefício do Bolsa Família; criação de empregos nos municípios de origem e residência dos trabalhadores; e realização de programas de reforma agrária, com apoio à agricultura familiar.

Bolsa família não barra trabalho escravo

O estudo da OIT revela ainda que o benefício do Bolsa Família não tem sido suficiente evitar a ocorrência do problema. O levantamento, realizado a partir de depoimento de 121 pessoas, revela que em 67% das famílias de trabalhadores libertados, existem crianças e adolescentes, sendo que 28% delas são beneficiárias do programa.

O levantamento concluiu também que quase 60% dos trabalhadores resgatados são reincidentes e que a fiscalização do governo conseguiu libertar apenas 12,6% deles - o que revela a pouca efetividade das políticas de combate ao trabalho escravo no Brasil.

Segundo Luiz Antonio Machado, coordenador do projeto da OIT de combate ao trabalho escravo no país, o Bolsa Família ajuda a reduzir a vulnerabilidade dos trabalhadores porque melhora a alimentação das famílias, mas por si só, não evita que os chefes dessas famílias se submetam a condições degradantes de trabalho, com cerceamento de liberdade.

- O Bolsa Família é insuficiente para impedir que os trabalhadores sejam vítimas de trabalho escravo - disse Machado, defendendo que o governo desenvolva outros programas associados, como criar empregos nas localidades onde residem esses trabalhadores, ofertando cursos de qualificação.

Entre trabalhadores libertos, 85% têm baixa escolaridade

A pesquisa revelou que 85% dos trabalhadores libertados, além de baixíssima escolaridade (analfabetos e com menos de quatro anos de estudo), nunca fizeram um curso de qualificação. No entanto, 81,2% deles declararam que gostariam de fazer algum curso, principalmente os mais jovens: 95,2% dos que têm menos de 30 anos disseram ter preferência nas áreas de mecânica de automóveis, operação de máquinas, construção civil (pedreiro, encanador, pintor) e computação.

Segundo Machado, o alto índice de recorrência se deve à falta de alternativas, sobrando nas áreas rurais apenas a "empreitada". Ele disse que além da equipe de fiscalização não conseguir cobrir todo o país, é preciso que haja maior conscientização. Na maioria das vezes, o trabalhador não denuncia. Em alguns casos, eles conseguem fugir ou, depois que a empreitada acaba, são liberados sem receber pelo serviço.

A pesquisa revelou também problemas no combate ao trabalho infantil: 92,6% dos entrevistados começaram a trabalhar antes dos 16 anos de idade, em média aos 11,4 anos. Os trabalhadores foram ouvidos entre outubro de 2006 e julho de 2007. Eles foram libertados de fazendas no Pará, Bahia, Mato Grosso e Goiás.


Belo Monte: Governo veta discussão sobre oitivas e expulsa observadores de reunião indígena

Fonte: Movimento Xingu Vivo para Sempre
07 de Dezembro de 2011

A reunião entre governo, consórcio Norte Energia (NESA) e lideranças indígenas das aldeias do Médio Xingu, ocorrida na última quinta, 1, terminou com poucas respostas concretas e diversos encaminhamentos genéricos. O encontro foi convocada pelas etnias Xipaya, Xicrin, Kuruaya, Arara, Juruna, Assurini, Araweté, Parakanã e Kayapó para discutir problemas, denúncias e pendências relativas ao projeto de Belo Monte.

Apesar da exigência dos índios, encaminhada no dia 25 de novembro, da presença da presidência da Funai e de diretores do Ibama e do Incra com poder de decisão, participaram da reunião apenas representantes da Secretaria Geral da Presidência e do departamento de licenciamento ambiental do Ibama, além do Ministério Público Federal em Altamira e do diretor de assuntos socioambientais da NESA.

Uma das primeiras demandas apresentadas pelos indígenas foi o cumprimento das condicionantes, em especial a solução da situação conflituosa da Terra Indígena (TI) Apiterewa, ocupada em grande parte por fazendeiros e pequenos agricultores, e sem previsão de retirada dos invasores. De acordo com os indígenas, os postos de vigilância na TI têm graves problemas e várias lideranças têm sido vítimas de ameaças de morte, mas até o momento não havia, por parte do Incra, nenhuma informação sobre a retirada e realocação dos invasores.

Representantes da aldeia juruna mais próxima às obras, por outro lado, reiteraram a posição contrária à usina e voltaram a exigir do governo que paralisasse Belo Monte. Segundo os juruna, obrigações com agricultores e indígenas não estão sendo cumpridas pela NESA, e a FUNAI em Altamira tem se aliado à empresa. Também denunciaram que não têm informações sobre o projeto de ampliação de sua aldeia; que o tratamento de saúde é precário; que não há poço em sua aldeia, sendo que bebem a água do rio Xingu; que não recebem educação de qualidade; que a "zoada" das máquinas espanta a caça; e que os indígenas estão sendo prejudicados "enquanto a empresa só aumenta seu desenvolvimento".

Ainda de acordo com os juruna, já estão ocorrendo roubos na comunidade e as obras de asfaltamento da PA 415 tem causado impactos e problemas, como a escavação de um igarapé e enchentes nos períodos de chuva.

De acordo com o relatório da reunião, foi denunciado também que: "na época de seca, demora-se um dia pra chegar às aldeias; que o rio irá secar; que [a NESA e o governo] querem que os índios vivam de agricultura, mas a tradição deles é a pesca; e que foi prometido pela Norte Energia empregos para os indígenas, o que ainda não aconteceu", entre outros.

Sobre as oitivas, contrariando o governo e a Funai, os indígenas continuam negando que estas tenham ocorrido. De acordo com os índios, "o pessoal de Belo Monte apenas foi às aldeias falar sobre o processo de instalação da empresa, e o IBAMA também não realizou oitivas". Diante disso, exigem a realização e a paralisação das obras até que sejam feitas. "Também foi dito às aldeias [pelo consórcio Belo Monte] que as condicionantes seriam cumpridas, para posteriormente iniciarem as instalações da obra, o que não ocorreu, denunciaram..

Por fim, os índios também criticaram duramente os trâmites do Plano Básico Ambiental (PBA, conjunto de medidas para minimizar ou solucionar problemas causados pela usina), uma vez que foi acordado que os estudos de impacto seriam apresentados aos indígenas antes de sua finalização e aprovação, o que não ocorreu. De acordo com o representante da NESA, o PBA já está pronto, mas, se for necessário, a empresa voltará às aldeias para "conversar".
Reconhecimento de impactos com respostas vagas

De acordo com o Diretor Socioambiental da Norte Energia, Antonio Coimbra, a empresa reconhece que os maiores impactos de Belo Monte atingirão as aldeias Juruna do km 17, Paquiçamba e Arara, mas que os Xicrin da TI Trincheira Bacajá também enfrentarão problemas; principalmente para atravessar a barragem da usina, que fechará seu acesso por rio à Volta Grande do Xingu e à Altamira. Por outro lado, Coimbra também reconheceu impactos sobre o próprio rio Bacajá.

Quanto aos encaminhamentos - foram apresentados 18 demandas -, boa parte ficou sem resposta concreta. Já na primeira questão - descumprimento das oitivas indígenas -, o governo foi inflexível e exigiu sua retirada da pauta afirmando que se trata de ponto inegociável. Sobre as denúncias de não cumprimento das condicionantes indígenas, o MPF ficou de requisitar à NESA um relatório para verificar o seu andamento. Já o governo informou que, no caso da retirada dos invasores da TI Apiterewa, a previsão é que os ocupantes de boa-fé serão retirados até fevereiro de 2012 e realocados em uma fazenda já disponibilizada para este fim. Posteriormente, serão retirados os invasores de má-fé. Por fim, como durante toda a reunião foram feitas duras críticas à Funai e às práticas do órgão na região, o governo afirmou que encaminhará a questão à Brasília.

Uma série de outras demandas focou na questão de repasse de recursos. Segundo os indígenas, uma verba de R$ 30 mil/mês, prevista no plano emergencial ambiental (mitigação de impactos) e que deveria ser repassada pela NESA às aldeias, tem sofrido desvios, malversação e são aplicadas apenas na compra de produtos que tem de ser solicitados pelas aldeias através de listas de compras. De acordo com os indígenas, os produtos são superfaturados, não chegam às aldeias como solicitados, e quando chegam, são de péssima qualidade.

Além de reparação nesses procedimentos, diante do surgimento de novas aldeias no último período - nove, no total -, os indígenas exigiram que os benefícios sejam estendidos a estas também, argumentando que o dinheiro não deve ser definido pelo critério "per cápita", mas pelo número de aldeias. Também exigiram um aumento do valor, considerado insuficiente, e pagamentos enquanto a usina Belo Monte existir.

Diante das denúncias de malversação das verbas, a NESA se comprometeu a "verificar as discrepâncias e depois justificá-las melhor". Por outro lado, exigiu que os indígenas justifiquem o pedido de aumento do valor, para que o consórcio possa discutir a questão com a Funai. De qualquer forma, os recursos só serão pagos até dezembro de 2012 e não pelo período de existência da usina, avisou a empresa. Já para outro plano de repasses - destinado a projetos de fortalecimento cultural -, que atualmente prevê R$ 50 mil às aldeias, a empresa concordou em aumentar o valor para R$ 80 mil, apesar da demanda ter sido R$ 150 mil.
Expulsão de observadores

A reunião entre índios e governo foi precedida de uma grande confusão quando o governo resolver exigir a retirada de todos os observadores da Casa do Índio, local do encontro. Na semana anterior, várias lideranças indígenas haviam gravado um vídeo convocando observadores e imprensa para a reunião, como forma de "proteção contra as mentiras da NESA e do governo".

Argumentando medo de alguma ação radical por parte dos índios, como seqüestros ou protestos, porém, o governo, escoltado por um forte aparato policial, exigiu a retirada de todos os não-índios - representantes dos movimentos sociais, antropólogos da Funai, acadêmicos, pesquisadores e jornalistas -, o que desagradou a muitas lideranças indígenas presentes no encontro.

"Mais uma vez o governo Federal consegue deslegitimar a voz das populações indígenas, modificando parte da programação feita por nós, fechando o diálogo que deveria ser público, colocando os indígenas em uma situação de extremo desconforto com as organizações que convidamos, estiveram presentes e foram praticamente expulsas. Muitas lideranças ficaram indignadas com o resultado de tudo, de como as coisas foram conduzidas", afirmou Sheyla Yakarepi Juruna, liderança juruna e membro do Movimento Xingu Vivo para Sempre.



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Movimientos Feministas en Turquía

por Charlotte Binder y Natalie Richman

traducido por Valentina Vargas

Este artículo da una pequeña introducción al desarrollo de distintos movimientos feministas en Turquía. Luego de un pequeño esquema histórico (Koç 2009; Tekeli 1997) el artículo describe el movimiento feminista multi-disciplinario de Turquía y examina debates, proyectos y campañas importantes. Finalmente, describe la institucionalización del discurso feminista en Turquía y las relaciones entre el feminismo y la sociedad y el estado.

Al final de Imperio Otomano en el siglo XIX mujeres educadas comenzaron a organizarse como feministas entre la clase alta de Estambul. Estas feministas buscaban mejorar el acceso de las mujeres a la educación y el trabajo pagado, así como abolir la poligamia y el peçe (el velo Islámico). Las primeras feministas publicaron revistas de mujeres en diferentes idiomas y establecieron diferentes organizaciones dedicadas al desarrollo de las mujeres. También fue durante esta época, en el 1908, que se fundó la primera asociación feminista: Organización Otomana por el Bienestar Social de las Mujeres. Esta organización se involucró parcialmente con el movimiento de los Jóvenes Turcos, el cual fue la base de la fundación de la República de Turquía. Al principio del siglo escritoras y personajes políticos como Fatma Aliye Topuz (1862-2936), Nezihe Muhiddin (1889-1958) y Halide Edip Adivar (1884-1964) también se unieron al movimiento para advocar la igualdad no sólo para las mujeres musulmanas sino también para las mujeres de todas las religiones y etnias.

Luego de la fundación de la República de Turquía en el 1923, el movimiento feminista fue gradualmente integrado a la política estatal. Este “feminismo estatal” se estableció como parte de los esfuerzos “Kemalistas” de modernización, los cuales intentaban replicar el modelo de las sociedades occidentales. Se abolió la poligamia y se establecieron el divorcio y los derechos de herencia sin diferencia de genero. El derecho al voto, el cual los Otomanos y las feministas habían demandado por décadas, se garantizó finalmente en el 1934 por el Partido Popular de la República (CHP por sus iniciales en Turco) bajo el liderazgo de Mustafa Kemal Ataturk. Desde esta época en adelante las mujeres en Turquía fueron presentadas como liberadas y emancipadas. Sin embargo, siguió habiendo una gran diferencia entre el derecho legal y la posición social de la mujer en Turquía. Las mujeres eran particularmente identificadas como madres de la república y seguidoras ciegas del gobierno de un sólo partido, el de Ataturk y su CHP. La imagen de la mujer moderna en Turquía era la de maestra responsable de educar a los jóvenes ciudadanos Turcos.

Los movimientos sociales que ocurrieron en Turquía en los 1960s y 1970s, sin embargo, fueron enfocados en reconstruir el estado y la sociedad Turca con ideales socialistas. En los 1980s el movimiento de las mujeres se convirtió verdaderamente independiente de los esfuerzos para modificar el estado. Al mismo tiempo, un golpe de estado fue dirigido por los militares a principios de la década del 1980 en oposición a la prohibición de asociaciones políticas. Luego de este golpe de estado, las mujeres en las ciudades y de la academia comenzaron a juntarse formando grupos de lectura y discusiones de literatura feminista, en su mayoría traducciones de los Estados Unidos, Inglaterra y Francia.

En estos grupos de sensibilización, los cuales fueron presentes en su mayoría en Estambul, Ankara e Izmir, las mujeres discutían sobre su pasado socialista y analizaban las relaciones patriarcales de movimientos de izquierda en Turquía. Desde una perspectiva feminista, criticaban la construcción standard de la familia y los roles de género específicos que eran forzados en las mujeres. Por primera vez rechazaron la noción de que sólo el estado podía defender sus derechos. Envés, las mujeres comenzaron a politizar la poca equidad presente en la vida privada por primera vez.

Revistas feministas independientes como Pazartesi y Kaktus fueron fundadas para exponer la frecuencia del abuso sexual y la violencia contra las mujeres en la sociedad patriarcal de Turquía. En 1987 se organizó la primera demostración pública feminista contra la violencia domestica. Fue seguida por campañas contra el abuso sexual y por el derecho a la propia-determinación sobre el cuerpo femenino. Estas campañas comenzaron gracias al deseo de las mujeres de rechazar el código tradicional patriarcal de ética, honor y religión que permitía a los hombres decidir sobre el cuerpo femenino.

Durante esta misma época, movimientos feministas lucharon contra muchas leyes que restringían la libertad de las mujeres. Grupos de mujeres iban a la corte a divorciarse de sus esposos como gesto simbólico para criticar el concepto de la familia patriarcal. Esto también enfatizó la importancia de la sexualidad femenina independientemente de su valor reproductivo. Muchas formas de protesta fueron utilizadas por las mujeres, como marchas nocturnas y la ocupación de los cafés y bares de Estambul únicamente para hombres. Al rechazar la idea de que estos cafés y bares eran sólo para hombres, las feministas trataban de terminar la dominación masculina de la esfera pública y al mismo tiempo romper los roles estereotípicos de la esfera privada.

Güneş Koç resume en su artículo que la segunda ola del movimiento feminista en Turquía alcanzó a muchas más mujeres de diferentes grupos que la primera ola durante el Imperio Otomano. La segunda ola criticó la estructura opresiva patriarcal que se encontraba en la fundación no sólo de el estado y la sociedad Turca, sino también dentro del movimiento de la izquierda.

Hoy se reconoce que hay infinitas formas de construir la identidad femenina. En la actualidad el enfoque principal de debates feministas internacionales se encuentra en preguntas de identidades y relaciones de poder de las mujeres. Por lo tanto feministas radicales, feministas autónomas, feministas socialistas, Musulmanas, Kemalistas, Kurdas, Armenias, y muchas otras construyen una identidad única por si mismas. Hay más de 250 grupos de mujeres Turcas que se organizan para formas asociaciones, clubs, grupos políticos, círculos feministas, revistas, bibliotecas, blogs y revistas electrónicas. La formación del movimiento homo-, bi- y trans- en Turquía y el interrogativo de las normas heterosexuales ha desarrollado aún más la perspectiva feminista. Otro fenómeno nuevo es el Feminismo Islámico que critica el absoluto uso de la teoría feminista del occidente en el contexto Turco. Esto incluye el debate del velo, sobre sí el velo debería ser prohibido o sí es un derecho individual a cada mujer.

Aún que hoy en día hay muchas ideologías diferentes entre los grupos feministas de Turquía, las mujeres se unen para trabajar en proyectos símiles y denunciar públicamente temas sociales que les perjudican. El feminismo de hoy mantiene sobretodo una posición anti-militarista a pesar de la opinión publica en apoyo del ejercito Turco y el conflicto con el Partido de Trabajadores Kurdos (PPK, por sus iniciales en Turco) en el este de Turquía desde el 1990.

Adicionalmente, el discurso ya comenzado en el 1980 continua criticando los roles estereotípicos de genero y la estructura patriarcal de la familia, la economía, el ejercito, el estado y la religión. Las feministas modernas se enfocan en hacer política en la esfera privada para llamar la atención hacia el abuso sexual y la violencia presente en la sociedad. Temas que no eran normalmente discutidos, como los asesinatos de honor, la planeación familiar, el trabajo del hogar, la sexualidad, y el aborto han sido finalmente expuestos en el movimiento de los derechos de la mujer. A principios de los 90s el establecimiento de albergues para mujeres y la sensibilización del público a tales fue crítico en el movimiento feminista de Turquía. La fundación de albergues para mujeres más famosa fue Mor Çatı, la cual todavía provee apoyo social, legal y psicológico para mujeres que han sido víctimas de violencia. Con el comienzo del siglo XXI una nueva forma de financiar proyectos feministas ha sido introducida en Turquía. Las organizaciones han sido capaces de aplicar a fondos internacionales lo que les ayuda a trabajar con problemas como la violencia familiar, el analfabetismo de las mujeres, y el desempleo.

Al nivel institucional, finalmente se comenzaron a discutir conceptos de genero, como cómo reducir la discriminación basada en el genero e introducir una cuota en partidos políticos. Por ejemplo, la asociación KA.DER fue fundada en el 1997 para apoyar la nominación de mujeres tanto dentro de los partidos políticos como públicamente en las elecciones generales. Desde el 1990 el discurso feminista ha sido institucionalizado por la fundación de estudios de la mujer en centros y programas universitarios como en la Universidad de Mármara y la Universidad de Estambul. Al mismo tiempo, Amargi comenzó a publicar una revista cada tres meses que juega un rol vital en continuar a analizar la teoría feminista, el activismo y a criticar las practicas sexistas en Turquía.

Muchas mujeres continúan a evaluar las leyes Turcas desde una perspectiva feminista y dan a conocer que todavía no se consigue equidad de género en tales. En el 2002 el gobierno Turco reformo el código criminal y civil gracias a la intención de unirse a la Unión Europea y a la presión del movimiento feminista. Desde entonces los derechos de las mujeres y los hombres durante el matrimonio, el divorcio y la propiedad han sido los mismos. Por primera vez, un ley ha sido establecida en relación a la sexualidad femenina como un derecho individual y no del honor de la familia. Otros cambios a la constitución Turca obligan al estado a usar todos los medios necesarios para promover la equidad de genero. En los últimos años cortes de familia han sido creadas, leyes han sido instituidas para prohibir el sexismo y programas han sido creados para educar contra la violencia domestica y para mejorar el acceso a la educación para las mujeres.

Referencias
● European Stability Initiative: Geschlecht und Macht in der Türkei. Feminismus, Islam und die Stärkung der türkischen Demokratie (2007). Aquí.
● Heinrich-Böll-Foundation (Editor): The Debate on Gender Mainstreaming in Turkey. Istanbul 2007.
● Koç, Güneş: Ein Überblick über die Geschichte der Frauenbewegung in der Türkei vom 19. Jahrhundert bis in die Gegenwart (2009), in: Grundrisse. Aquí.
● Neusüß, Claudia; Topçu-Brestrich, Emel: Multiple Moderne. Proteste der fliegenden Besen (2005), in: Freitag. Aquí.
● Somersan, Bither: Geschlechterverhältnisse in der Türkei – Hegemoniale Männlichkeit und Frauenbewegung, in: lker Atac; Bülent Küçük; Ulas Sener (Editors): Perspektiven auf die Türkei. Ökonomische und gesellschaftliche (Dis)Kontinuitäten im Kontext der Europäisierung. Münster 2008. S. 342-360.
● Tekeli, Sirin: Die erste und die zweite Welle der Frauenbewegung in der Türkei, in: Claudia Schöning-Kalender; Ayla Neusel; Mechtild M. Jansen (Editors): Feminismus, Islam, Nation. Frauenbewegungen im Maghreb, in Zentralasien und in der Türkei. Frankfurt, New York 1997. S. 73-93.

Links Útiles
● http://www.istanbul.edu.tr/merkezler/webkaum/1htm.html
● http://www.morcati.org.tr
● http://www.ka-der.org.tr
● http://www.amargi.org.tr
● http://www.lambdaistanbul.org

Para una versión en Inglés haz clic aquí.

Para una versíon en Alemán haz clic aquí.

Para conseguir más información sobre la teoría feminista y el activismo en Turquía hoy en día puedes leer en este blog las entrevistas a activistas de Amargi (en Inglés).


ASIA/FILIPINAS - Paz con los rebeldes islámicos en tres meses: el compromiso del gobierno


Manila (Agencia Fides) - El gobierno de Manila tiene la intención de firmar, en el plazo de tres meses, un nuevo tratado de paz con los rebeldes musulmanes en el sur de Filipinas: Así lo afirma la delegación del gobierno durante una nueva ronda de negociaciones de paz con los grupos islámicos, que se celebró en la capital de Malasia, Kuala Lumpur. El propósito del gobierno, explican fuentes de Fides, es oficialmente el fin de las hostilidades con los militantes del "Moro Islamic Liberation Front” (MILF).

Los informes volvieron una vez más a ser tensos después de que, el pasado octubre, rebeldes del MILF asesinaron a 19 soldados filipinos en una emboscada en la isla de Basilan. Después del incidente, el conflicto se ha intensificado, generando un aumento de los desplazados. A pesar de una fuerte presión sobre el presidente Benigno Aquino, para que interrumpiera las negociaciones y pusiera en marcha una verdadera guerra contra el MILF, Aquino decidió continuar las negociaciones.

Mientras tanto, en Mindanao, se ha registrado el noveno secuestro extorsivo: la víctima es un ciudadano australiano, Warren Rodwell (el 10 °secuestro de 2011), secuestrado en la ciudad de Ipil. En el area hay bandas de forajidos que tienen en la mira a los ciudadanos occidentales, turistas, sacerdotes y misioneros, para recaudar fondos y financiar las actividades de la guerrilla.

En cambio, acaba de terminar la "Semana de la Paz en Mindanao", organizada por los líderes religiosos cristianos y musulmanes del “Bishops-Ulama Forum” (BUF), celebrada del 28 de noviembre al 4 de diciembre. La iniciativa, explican a Fides los organizadores, tiene como objetivo "crear una cultura de paz entre los pueblos de Mindanao". A la semana, que se celebra en todas las provincias de la isla, se unieron varias asociaciones, instituciones religiosas, escuelas y universidades, cristianos y musulmanes, que han dado a luz reuniones y celebraciones.

Del 7 al 9 de Diciembre se llevará a cabo el “Muslim-Christian Youth Peace Camp”, que involucra a los jóvenes cristianos y musulmanes en una experiencia de diálogo, la reflexión y la vida común, con el fin de contribuir a la paz social. (PA) (Agencia Fides 7/12/2011)


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Una botella de plástico ilumina los hogares más pobres de Filipinas


La idea fue desarrollada por el Instituto Tecnológico de Massachussets, de Estados Unidos.

La bombilla ecológica hecha con una simple botella de plástico repleta de agua y lejía, ilumina colgada del techo los hogares de los filipinos sin acceso a la luz artificial o poder adquisitivo para pagar por ese servicio.

"Este método permite que los rayos del sol atraviesen la botella. Entonces, la refracción de la luz al entrar en contacto con el líquido ilumina toda la casa", explica el empresario Illac Díaz, impulsor de la iniciativa 'Isang Litrong Liwanag' (Un litro de luz, en tagalo) promovida por la fundación 'My shelter'.

La iniciativa, que ya ha supuesto alumbrado casi gratuito para unas 25.000 moradas de las barriadas más pobres, partió de una idea desarrollada por el Instituto Tecnológico de Massachussets, de Estados Unidos.

"Queríamos algo que se pudiera hacer con materiales disponibles para todo el mundo y con herramientas sencillas", apunta Díaz. Los voluntarios del programa 'Un litro de luz', ayudados por el Ejército durante jornadas benéficas especiales, fijan la botella a una lámina de fibra de vidrio con un orificio en medio y la llenan parcialmente con agua purificada -que permite una mayor claridad- y tres cucharadas de lejía para evitar la formación de moho u otras formas de vida en al menos cinco años.

Después sellan la botella herméticamente, agujerean el tejado de la chabola con un taladro y colocan el artilugio. El morro de la botella queda en el exterior, como una chimenea diminuta, y capta la luz solar, que se expande en el líquido y refulge de manera parecida a una bombilla convencional de bajo consumo.

Este ingenio da luz gratuita durante el día en las chabolas, por lo general apiñadas las unas con las otras y en las que disponer de una sola ventana es casi una quimera. Aunque el artilugio no funciona por la noche, Díaz sostiene que "algunas personas que viven cerca de una farola también tienen luz después de la puesta de sol".

"No pensaba que una botella pudiera darnos luz, esto nos va a permitir ahorrar mucho en electricidad", dice Lita, una mujer de 42 años que contempla incrédula cómo brillan los dos "bulbos de luz" que acaban de instalar en el techo de su chabola.

Filipinas, un país donde alrededor de un tercio de la población vive por debajo del umbral de la pobreza, es el segundo país de Asia con la tarifa eléctrica más alta, solo por detrás de Japón.

"La gente nos suele decir que todas las semanas tiran botellas a la basura y al mismo tiempo tienen que elegir entre vivir a oscuras o pagar más por la factura de la luz. Y la solución estaba todo el tiempo delante de ellos", comenta Díaz.

El costo aproximado del material -una botella, una lamina de zinc o fibra de vidrio, el agua purificada, la lejía y el aislante para fijar el ingenio- ronda el precio de un dólar (75 céntimos de euro) y hasta el momento, los materiales, ensamblaje y colocación de la bombilla han sido costeados con las donaciones.

El objetivo final es cortar la dependencia de la caridad y formar a pequeños emprendedores con conocimientos técnicos que instalen las bombillas en casa a un precio módico para de esta forma combatir el desempleo entre los filipinos más pobres.

"Les hemos formado para ello porque es una buena manera de crear emprendedores y fomentar el empleo. Lo han empezado a hacer por su cuenta y por el trabajo de acoplar la botella al tejado e instalarla cobran unos 30 pesos (50 céntimos de euro o 70 céntimos de dólar). Uno de ellos ha fabricado cerca de 8.000, de modo que ha sacado un buen dinero", señala el principal promotor de la bombilla.

Tras colgarlas en más de 25.000 hogares de Manila desde que a finales de 2010 empezó el proyecto, el objetivo ahora es iluminar con esta bombilla 100.000 moradas antes de que concluya el año y alcanzar un millón al finalizar 2012.

En el futuro, los promotores perseguirán extender el uso de este ingenio por las comunidades más empobrecidas de Filipinas e incluso quieren traspasar su experiencia a grupos de ayuda social de otros países para que su empleo revierta en beneficio de la mayor cantidad de gente.

"Si existe la hora de la Tierra en el que todo el mundo apaga la luz -declara Díaz- también debería existir la hora filipina, en la que en todo el mundo encendemos la luz de la gente pobre de manera ecológica. Sería una gran contribución para el mundo, la tecnología ecológica tiene que llegar a los más pobres".


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Perú: ¡Exprésate! Dile NO a la discriminación racial




Con motivo de la celebración del Día Internacional por la Declaración Universal de los Derechos Humanos y en el marco del Año Internacional de los Afrodescendientes, la Defensoría del Pueblo, con el apoyo de la Municipalidad del Callao, está organizando la Feria informativa Exprésate dile NO a la discriminación racial”, que se llevará a cabo el próximo sábado 10 de diciembre.

Los derechos humanos pertenecen por igual a todos y nos mantienen unidos como una comunidad que comparte los mismos ideales y valores. En ese marco, la Defensoría del Pueblo como institución que promueve la práctica de una ciudadanía justa, democrática y protectora de los derechos de los ciudadanos, ha organizado diversas actividades en todas sus oficinas a nivel nacional para exaltar la importancia de este día.

El punto central de esta celebración es la Plaza Casanave, que se ubica en la avenida Sáenz Peña, en el Callao, donde reside un alto número de afrodescendientes. La feria será un espacio de difusión y promoción de derechos ciudadanos e incluirá actividades de comunicación, interacción y recreación, que a la par de brindar información importante, permitirá promover una conciencia de la defensa y difusión de los derechos y libertades, a través de procesos de reflexión colectiva.

Desde las 10:00 a.m. hasta las 3:00 p.m., comisionados de la Defensoría del Pueblo atenderán consultas y quejas en forma gratuita y se contará con stands de juegos, murales para pintar, cine (donde se proyectarán documentales sobre discriminación), función de títeres, música, danza entre otros. Además habrá gorras y polos para las personas que recorran todos los stands, entre otras sorpresas.

Ven con tus amigos y familiares. ¡Exprésate! Dile NO a la discriminación racial y contribuye a construir un país más justo, inclusivo y libre de discriminación.

Confirma tu asistencia en nuestra página en Facebook.

Cecilia Ruiz Huayna

Centro de Información para la Memoria Colectiva y Derechos Humanos