miércoles, 23 de mayo de 2012

Perú: SEGUNDO DIA DE PARO INDEFINIDO EN ESPINAR TERMINA CON DOS HERIDOS DE BALA


Manifestantes se desplazaron hasta la zona de bomba de agua de la minera xtrata tintaya, lugar donde la Policía Nacional del Perú los replegó con disparos

JHON SALAZAR PINTO (24) Y ALBERTO HUALLPA SALCEDO (23) son los jóvenes heridos de bala en el segundo día de paro indefinido en Espinar, manifestantes que exigen el retiro de la empresa minera Xtrata Tintaya.

Mañana miércoles nuevamente se desplazaran hasta las instalaciones de la minera xtrata tintaya, lugar donde existirá mas de 2 mil policías resguardando la minera.

Por: Denis Hualla Vega

La medida de fuerza se realizará hoy en protesta contra el Ejecutivo por haber firmado el contrato con la empresa Angostura Siguas para la concesión del proyecto Majes Siguas II

A fin de garantizar la seguridad de los escolares y evitar saqueos, las autoridades educativas decidieron suspender las clases y los comerciantes no abrirán sus puestos en los mercados en el marco del paro de 24 horas que se acata hoy en la provincia de Espinar, en Cusco, en contra del proyecto Majes Siguas II.

Según informó Carlos Zanabria, enviado especial de El Comercio a la zona, los manifestantes han convocado a una reunión en la plaza de armas, donde iniciarán una marcha por toda la ciudad.

Además, el Banco de la Nación es la única oficina bancaria que está funcionando y es resguardada por un contingente policial, que llegó en la víspera desde el Cusco.

Por otro lado, la represas El Pañe, Bamputañe y Condoroma ubicadas en el límite de Cusco y Arequipa son protegida por agentes de la Policía Nacional de la Ciudad Blanca.



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Organização dos Estados Americanos determina suspensão imediata de Belo Monte

Comissão Interamericana de Direitos Humanos considera que povos indígenas devem ser ouvidos ANTES do início das obras


Altamira (PA)/ Washington (EUA) – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou oficialmente que o governo brasileiro suspenda imediatamente o processo de licenciamento e construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, no Pará, citando o potencial prejuízo da construção da obra aos direitos das comunidades tradicionais da bacia do rio Xingu. De acordo com a CIDH, o governo deve cumprir a obrigação de realizar processos de consulta “prévia, livre, informada, de boa-fé e culturalmente adequada”, com cada uma das comunidades indígenas afetadas antes da construção da usina. O Itamaraty recebeu prazo de quinze dias para informar à OEA sobre o cumprimento da determinação.

A decisão da CIDH é uma resposta à denúncia encaminhada em novembro de 2010 em nome de varias comunidades tradicionais da bacia do Xingu pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre (MXVPS), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Prelazia do Xingu, Conselho Indígena Missionário (Cimi), Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Justiça Global e Associação Interamericana para a Defesa do Ambiente (AIDA). De acordo com a denúncia, as comunidades indígenas e ribeirinhas da região não foram consultadas de forma apropriada sobre o projeto que, caso seja levado adiante, vai causar impactos socioambientais irreversíveis, forçar o deslocamento de milhares de pessoas e ameaçar uma das regiões de maior valor para a conservação da biodiversidade na Amazônia.

"Ao reconhecer os direitos dos povos indígenas à consulta prévia e informada, a CIDH está determinando que o governo brasileiro paralise o processo de construção de Belo Monte e garanta o direito de decidir dos indígenas”, disse Roberta Amanajás, advogada da SDDH. “Dessa forma, a continuidade da obra sem a realização das oitivas indígenas se constituirá em descumprimento da determinação da CIDH e violação ao direito internacional e o governo brasileiro poderá ser responsabilizado internacionalmente pelos impactos negativos causados pelo empreendimento”.

A CIDH também determina ao Brasil que adote medidas vigorosas e abrangentes para proteger a vida e integridade pessoal dos povos indígenas isolados na bacia do Xingu, além de medidas para prevenir a disseminação de doenças e epidemias entre as comunidades tradicionais afetadas pela obra.

“A decisão da CIDH deixa claro que as decisões ditatoriais do governo brasileiro e da Justiça, em busca de um desenvolvimento a qualquer custo, constituem uma afronta às leis do país e aos direitos humanos das populações tradicionais locais”, disse Antonia Melo, coordenadora do MXVPS. “Nossos líderes não podem mais usar o desenvolvimento econômico como desculpa para ignorar os direitos humanos e empurrar goela abaixo projetos de destruição e morte dos nossos recursos naturais, dos povos do Xingu e da Amazônia, como é o caso da hidrelétrica de Belo Monte”.

“A decisão da OEA é um alerta para o governo e um chamado para que toda a sociedade brasileira discuta amplamente este modelo de desenvolvimento autoritário e altamente predatório que está sendo implementado no Brasil”, afirma Andressa Caldas, diretora da Justiça Global. Andressa lembra exemplos de violações de direitos causados por outras grandes obras do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento do governo. “São muitos casos de remoções forçadas de famílias que nunca foram indenizadas, em que há graves impactos ambientais, desestruturação social das comunidades, aumento da violência no entorno dos canteiros de obras e péssimas condições de trabalho”.

Críticas ao projeto não vêm apenas da sociedade civil organizada e das comunidades locais, mas também de cientistas, pesquisadores, instituições do governo e personalidades internacionais. O Ministério Público Federal no Pará, sozinho, impetrou 10 ações judiciais contra o projeto, que ainda não foram julgadas definitivamente.

“Estou muito comovida com esta notícia”, disse Sheyla Juruna, liderança indígena da comunidade Juruna do km 17, de Altamira. “Hoje, mais do que nunca, tenho certeza que estamos certos em denunciar o governo e a justiça brasileira pelas violações contra os direitos dos povos indígenas do Xingu e de todos que estão juntos nesta luta em defesa da vida e do meio ambiente. Continuaremos firmes e resistentes nesta luta contra a implantação do Complexo de Belo Monte”.

A decisão da CIDH determinando a paralisação imediata do processo de licenciamento e construção de Belo Monte está respaldada na
Convenção Americana de Direitos Humanos, na

Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Declaração da ONU sobre Direitos Indígenas, na Convenção sobre Biodiversidade (CBD) e na própria Constituição Federal brasileira (Artigo 231).

Mais informações:

Antonia Melo, coordenadora MXVPS – (93) 9135-1505
Sheyla Juruna, liderança indígena MXVPS – (93) 8126-8674
Andressa Caldas, diretora Justiça Global – (21) 8187-0794
Marco Apolo, presidente SDDH – (91) 8156-0860
Roberta Amanajás, advogada SDDH – (91) 8162-1232
Astrid Puentes, co-diretora AIDA – +1 (202) 294-3285

Assessoria de comunicação MXVPS

Tica Minami – (11) 6597-8359
Verena Glass – (11) 9853-9950


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Assis da Costa Oliveira
Professor da Faculdade de Etnodesenvolvimento da UFPA
Mestrando em Direito
Advogado

El Egipto poscolonial

El islamismo hoy es más una confederación de sentimientos y aspiraciones que un plan de vía única

Hoy y mañana se celebrará en Egipto la primera vuelta de las elecciones presidenciales de un tiempo nuevo que promete democracia. Los mayores candidatos son Amro Musa, exministro del depuesto Hosni Mubarak, de imagen pasablemente autocrítica y reformismo conservador; Abdel Abulfutú, disidente de la Hermandad Musulmana que aterciopela su moderación religiosa; Mohamed Morsi, candidato oficial de la Hermandad, que querría dar la imagen de un segundo Erdogan, el líder del educado islamismo turco; y Ahmed Shafiq, último gran colaboracionista del dictador, continuismo en estado puro.

Como no parece probable que ninguno llegue al 50% de sufragios, la ronda decisiva se efectuará los días 16 y 17 de junio, y si se acumulan los votos de la Hermandad —oficial y disidente— con los del islamismo salafista, de semblante más ceñudo, el islam árabe tendría ya un presidente democráticamente elegido. Hamid Dabashi, docente iraní en Estados Unidos, tan crítico de Ali Jamenei como de Bush II, sostiene que el colonialismo que se extinguió con las independencias del Tercer Mundo a mediados del siglo XX dejó tras de sí una maquinaria ideológica de recambio en un tiempo poscolonial al que el autor llama colonialidad, que era tan eurocéntrica como la anterior dominación occidental (The Arab Spring); esa colonialidad dejó su marca en la generación de los nacionalismos socializantes, de Irak a Argelia, y no fue capaz de eludir la terminología política del colonialismo en la edificación de los nuevos Estados independientes, que desembocaban con pasmosa regularidad en la tiranía. Únicamente con la gran intifada, que estalló en Túnez en enero del año pasado, Egipto estaría hoy entrando en la poscolonialidad.

La revuelta que comenzó en la plaza cairota de Tahrir está empeñada, según Dabashi, en desarrollar un nuevo lenguaje político que no puede ser ya la simple negación del “régimen del saber” propio del orientalismo, como lo definió Edward Said, sino una apropiación ex novo de la lengua para la creación de un mundo diferente y verosímilmente democrático. Pero se extiende al mismo tiempo en Occidente, como una terrible pandemia, el terror a una palabra-fetiche, islamismo, olvidando con ello varias cosas: que si la opinión árabe vota el islamismo al poder, lo único que hay derecho a pedirle es que lo haga por medios democráticos, y que si alguno de sus planteamientos viola el sentido occidental —con frecuencia solo teórico— de la igualdad entre los sexos, es a los sexos, como en Europa, a quienes corresponde resolver el problema.

El islamismo estaba ahí como ideología de servicio para tratar de llenar el vacío creado por la sacudida norteafricana. Pero hoy el movimiento es más una confederación de sentimientos y aspiraciones que un proyecto de vía única. La revuelta árabe es por ello una obra abierta de la que sería temerario prefigurar el final, al tiempo que se afana en crear ese nuevo lenguaje a la vez que un espacio público propio que libere al cuerpo social de la colonialidad. La eventual expansión a todo Egipto de ese embrión de ágora que se comenzó a construir en Tahrir, significaría el triunfo de la revuelta y su conversión en una verdadera revolución, que por la centralidad histórica de El Cairo debería afectar a todo el mundo árabe. Como dice Azmi Bishara, exmiembro del Kneset, palestino de patria e israelí de ciudadanía, los indignados de Egipto apenas han hecho que llamar a las puertas del poder, y con la elección de presidente podrían de una vez comenzar a ejercerlo.

Las condiciones, incluso tecnológicas, parecen dadas para ello. Todo comenzó hace 15 años con el nacimiento de Al Yazira, aunque la gran cadena árabe de televisión haya perdido algo de su imagen rupturista por su creciente alineamiento con los intereses de su patrón, el emirato de Catar. Pero aunque no creara la revuelta, sí le sirvió de inspiración y de canal. En el universo electrónico hay ya, solo en Egipto, más de tres millones de usuarios de las redes sociales, cientos de miles de blogueros y, en la zona, 700 canales de TV que, en su conjunto, lo acarrean todo: protesta popular, adoctrinamiento religioso y esperanza de democratización. Esa efervescencia nacional es, cuando menos, la garantía de que el pasado no regrese; de que el genio no se deje encerrar de nuevo en la botella.

Hamid Dabashi puede ser un caso de optimismo histórico incurable. Pero si tuviera razón, un nuevo lenguaje, una nueva geografía, y una nueva política estarían hoy naciendo en el mundo arabo-islámico.